terça-feira, 12 de outubro de 2010

Votos recebidos



Votos recebidos nos municípios do interior do Estado





Votos recebidos na cidade do Rio de Janeiro, separados por bairros.

Agradecimentos

Gostaria de agradecer a todos os amigos e apoiadores que nestas eleições votaram e divulgaram a minha candidatura que tinha como prioridade a defesa da educação pública de qualidade. Os 988 votos expressaram uma campanha limpa, militante e comprometida com a construção de um país mais justo e igualitário. Continuaremos agora empenhados na disputa dos egundo turno para elermos Dilma presidente e darmos continuidade as mudanças que se iniciaram no Governo Lula.Um grande abraço para todos e vamos as ruas defender Dilma presidente e a educação pública de qualidade.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Campanha reforçada nesta reta final!!!!!!

Nesta semana a campanha está se intensificando. Também não é para menos. É a reta final!!!!Hoje fiz campanha em escolas da rede e à noite fui panfletar com Afonso Celso em faculdades na zona sul e depois fui ao centro da cidade. em Campo grande, professor Claudio e professora Patrícia panfletaram no calçadão de Campo Grande no final de tarde e início da noite. Amanhã mais corrida as escolas e à noite mais panfletagem em vários pontos da cidade. As 18 horas panfletagem na Dias da Cruz no Méier. É agora a hora da virada. Rumo aos cinco dígitos!!!!!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Atividade no Salgueiro e no Borel


Neste fim de semana que passou estive em duas atividades com apoiadores de comunidades da Tijuca. No sábado dia 25 fui ao  Salgueiro no bar da Tia Judite em um churrasco com membros da comunidade. No domingo estive no Borel com José Vicente, líder comunitário para uma deliciosa feijoada.A campanha entra na reta final e a nossa meta é eleger Dilma presidente, lindberg senador e professor Túlio 13713 deputado estadual!!!!!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Agenda de campanha de Professor Tulio

Dia 24 de setembro as 18 horas panfletagem na saída do metro da Saens Pena.
Sábado 25, panfletagem na Saens Pena a partir das 9 horas com Mollon e Professor Túlio. No mesmo dia as 11 horas caminhada no morro do alemão, campanha do Professor Tulio com Kique Carvalho e as 19 horas, churrasco no morro do Salgueiro na barraca da Tia Judith.
Domingo dia 26 feijoada no morro do Boréu a partir das 10 horas.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Festa da candidatura professor tulio 13713 e atividade em Campo Grande



No último fim de semana dia 17 de setembro fizemos uma festa de campanha onde vários apoiadores estiveram presentes. No9 sábado dia 18 participei do aniversário do Professor Wiliam em Campo Grande onde recebi apoio de vários professores, funcionários e moradores da zona oeste.

sábado, 4 de setembro de 2010

A campanha decola!!!

Estive hoje em Petrópolis fechando apoios a minha candidatura. Estive com professores da rede estadual e da rede municipal de Petrópolis. A candidatura Professor Tulio 13713 está num crescendo. As pessoas estão entendendo como será importante a presença de alguém que luta pela educação pública de qualidade e que participa do movimento dos profissionais de educação chegar a Alerj.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Atividade em Campo Grande dia 28 e caminhada no domingo 29 de agosto.



Professor Tulio 13713 participou de duas atividades no fim de semana passado. No sábado dia 28 estive no bairro Comari em Campo Grande numa atividade onde participaram professores, funcionários de escola e lideranças comunitárias. No domingo dia 29 participei de uma caminhada com lindberg, nosso senador, com minha família, apoiadores e amigos.

domingo, 29 de agosto de 2010

Atividade em Copacabana

Hoje pela manhã estivemos em Copacabana acompanhando a atividade na orla. Primeiro passamos na atividade dos advogados próximo a rua Figueiredo de Magalhães e depois fomos panfletando junto aos demais militantes engajados na Campanha Dilma presidente e Lindberg senador. A noite a panfletagem continuou na área da Tijuca. A campanha está crescendo principalmente depois da bem sucedida atividade em Campo Grande onde pude estar em contato com lideranças comunitárias e professores e funcionários das escolas.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Atividade da candidatura professor Tulio 13713 em campo Grande

Amanhã dia 28 de agosto, lançamento da campanha professor Túlio 13713 na zona oeste em Campo grande. O evento acontecerá na rua Firmino Moreira nº 22 próximo ao antigo posto do INPS no bairro Comari. Professores e funcionários além de moradores da zona oeste estarão presentes nesse evento que promete bombar. Após o evento fotos dos participantes e apoiadores!!! Não percam!!!!!

Professor Túlio em Campo Grande




Professor Túlio visitou a Zona Oeste para o lançamento da candidatura Dilma Presidente no SINPRO Campo Grande.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

DECLARO MEU VOTO

Há mais de vinte anos, participo dos movimentos sociais no Rio de Janeiro. Durante os meus verdes anos na UFF, participei ativamente do movimento estudantil, lutando por uma educação gratuita e de qualidade, mas também por uma sociedade mais igualitária, justa, fraterna e solidária. Ao ingressar no magistério em 1993, esta continuou sendo a minha convicção com a qual tentei ser fiel e perseverante nas escolas em que trabalhei e na participação no movimento sindical dos profissionais da educação.


Durante todos estes anos, optei por construir o projeto político do Partido dos Trabalhadores ao qual sou filiada desde 1988. Apesar dos diversos problemas e limites dos governos petistas, considero que o PT ainda atende aos anseios de transformação da sociedade, e que há, no seu interior, valorosos militantes com os quais compartilho ideais de transformação da sociedade.

Por isso fico muito à vontade para compartilhar com vocês o nome do candidato para o qual venho fazendo campanha ativamente. Este é um companheiro com o qual divido lutas, sonhos e uma vida em comum. Militante do movimento estudantil nos anos oitenta – coordenador geral da AMES (secundarista), vice-presidente da UNIÃO ESTADUAL DOS ESTUDANTES (universitário), diretor do DCE da UFF – lutou pela volta da democracia ao Brasil, especialmente engajando-se na campanha pelas Diretas Já, e pelas bandeiras estudantis como o passe livre e a educação gratuita e pública.

Formado em História pela UFF, atua há vinte anos como professor nas redes privada e pública, e é diretor do SEPE (sindicato estadual dos profissionais da educação), lutando também pela universalização da educação pública em todos os níveis, pela garantia ao acesso, à permanência e à qualidade na educação. Nos últimos cinco anos, uma nova luta apresentou-se, como paciente renal crônico, diante das imensas dificuldades do sistema público e privado de saúde.

Nos últimos quinze anos compartilho também uma história conjunta, conformando formando uma feliz família que divide com ele os mesmos ideais. Com estes compromissos apresento-vos a candidatura do prof. Túlio a deputado estadual, pedindo o seu apoio e voto.

Izabel.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A educação como prioridade.

Professor Túlio é um reconhecido militante da luta socialista em nosso estado. Formado em História pela UFF – Universidade Federal Fluminense, trabalha nas redes de ensino estadual e municipal do Rio de Janeiro. Como sindicalista atua no SEPE, Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação e na CNTE, Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, em ambas entidades exerce mandato sindical conquistado junto aos trabalhadores.  


Professor Túlio, nos anos 80 atuou na organização do movimento estudantil, contribuindo na formação de grêmios livres e na mobilização dos jovens, para as lutas pela garantia da meia-entrada em eventos culturais e do passe livre nos transportes para os estudantes. Dedicou-se  à luta pela redemocratização, onde participou ativamente do movimento Diretas Já, organizado para o retorno das eleições diretas e da plenitude democrática em nosso país.


Professor Túlio, em sua luta  em defesa dos interesses dos profissionais de educação, e dos servidores da Prefeitura do Rio e Janeiro, elegeu-se, e representou os servidores municipais, no Conselho de Administração do PREVI-RIO. Na rede estadual de ensino, também atuou nos movimentos pela garantia de uma escola democrática, pública, de qualidade e com boas condições salariais para professores e funcionários.


Professor Túlio, deseja que o Brasil continue a mudar. Os avanços alcançados no governo Lula, precisam prosseguir, para superar as enormes desigualdades do nosso país. Para aprofundar essas transformações, Professor Túlio deseja colaborar para  a eleição de Dilma Roussef a Presidente da República.  Professor Túlio, é candidato a Deputado Estadual pelo PT para defender a educação, como prioridade de investimento dos governos, pois sem educação o país não vai avançar e se desenvolver.









Caros Colegas,
 
Com as eleições se aproximando, tomo a liberdade de declarar para vocês o meu voto em
Marco Tulio Paolino - 13713.
 
Túlio é um amigo de longa data, com quem dividi minha trajetória no movimento estudantil. Na verdade, foi ele quem me captou para o movimento nos idos de 1988! Somos amigos desde então. Túlio foi militante do movimento estudantil nos anos oitenta – coordenador geral da AMES (secundarista), vice-presidente da UNIÃO ESTADUAL DOS ESTUDANTES (universitário), diretor do DCE da UFF, gestão da qual participamos juntos. Lutou pela volta da democracia ao Brasil, especialmente engajando-se na campanha pelas Diretas Já, e pelas bandeiras estudantis como o passe livre e a educação gratuita e pública.

Formado em História pela UFF, atua há vinte anos como professor nas redes privada e pública. É diretor do SEPE (sindicato estadual dos profissionais da educação), lutando também pela universalização da educação pública em todos os níveis, pela garantia ao acesso, à permanência e à qualidade na educação. Nos últimos cinco anos, uma nova luta apresentou-se, como paciente renal crônico, diante das imensas dificuldades do sistema público e privado de saúde.
 
Túlio é, acima de tudo,um homem íntegro. Ele é casado com minha grande amiga Izabel e pai de Tayná e Clara, minha linda afilhada. Mesmo diante de seu quadro de saúde atual, ele não deixou de sonhar, lutar e acreditar. Túlio é um guerreiro e, por tudo isso, tomo a liberdade de pedir a vocês que considerem o voto em Tulio nas eleições em 3 de outubro.

-- Professor Túlio 13713--
 
Um grande abraço
Patrícia C. Schmid

Prof Tulio 13713 e Prof Ivano na Assembleia da rede estadual do dia 14/08

domingo, 15 de agosto de 2010

Vergonha !!! Entrevista com Serra mostra bem de que lado está a  Rede Globo

Orgulho do passado de Dilma!!!!

O crescimento da campanha de DILMA PRESIDENTE expressa muito mais do que a imensa popularidade do governo Lula. Após vários anos de um selvagem neoliberalismo, expressa a consciência crescente de vários segmentos sociais - oprimidos e marginalizados do país, econômicos, sociais e culturais - de que este governo, apesar das suas grandes limitações, avaçou em direção a uma maior igualdade social. Expressa também a conciência de que a continuidade desta proposta possibilita um avanço ainda mais efetivo nos próximos anos.
A direita deste país também tem total consciência de tal possibilidade. Perplexa com o crescimento tão rápido de Dilma, a quem desde o início tentou desqualificar, e assustada com a possibilidade de uma vitória no 1º turno, sacou do seu "saquinho de maldades" (como diria um amigo meu), a velha receita  desesperada: a campanha que há alguns meses vem sendo veiculada na internet: o passado de Dilma Roussef na guerrilha. Estampando numa revista de grande ciruculação: "O passado de Dilma" tenta, assim, aterrorizar a sociedade brasileira e convencê-la de que a mesma implantará o terror e o autoritarismo no país.
Diante de tamanha afronta à capacidade de discernimento dos brasileiros, mas também àqueles homens e mulheres que durante a duríssima ditadura brasileira pagaram com as suas vidas por um ideal e por um sonho que era legítimo, muitas pessoas estão apresentando em suas redes sociais a campanha de orgulho do passado de Dilma.
Expresso aqui a mesma convicção. Orgulho-me de apoiar uma mulher lutadora, desde jovem, deste país. Ela não é uma tecnocrata. É uma militante que nos anos mais delicados do governo Lula, forneceu a firmeza de caráter e de postura da qual o governo precisava. Não há do que se envergonhar.
Ela é um exemplo de que ainda é possível sonhar, de que a luta não é apenas um delírio juvenil: Aqueles garotos e garotas que "queriam mudar o mundo" não tiveram somente como destino frequentar as festas do "grand monde". Muitos deles,  jovens como ela, como eu e como você ainda lutam pela utopia de transformação da nossa sociedade, mais igualitária, justa, fraterna e solidária.
Prof. Túlio.





Professor Tulio comenta a situação do Bateau Mouche


Bateau Mouche: 22 anos de injustiça

Passados quase 22 anos do dia do acidente, o Bateau Mouche se transformou no maior símbolo da falta de eficiência e da morosidade do Poder Judiciário no Brasil. Até hoje, pouquíssimas famílias receberam indenização. Os três sócios da Bateau Mouche Rio Turismo fugiram do Brasil em 1994 e vivem na Europa.
Túlio Paolino
Há poucos dias, a 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro anunciou a decisão de aumentar de R$ 50 mil para R$ 220 mil o valor da indenização por danos morais a ser paga a duas sobreviventes do naufrágio do barco Bateau Mouche IV, famoso acidente que, em 1988, manchou a noite de Ano-Novo no Rio de Janeiro e no Brasil e provocou a morte de 55 pessoas. Uma decisão, ainda em primeira instância, havia condenado os sócios da empresa Bateau Mouche Rio Turismo a pagar R$ 50 mil às duas sobreviventes, mas os desembargadores do TJ decidiram por unanimidade aumentar a quantia para R$ 220 mil, alegando que “o valor arbitrado é por demais exíguo diante das circunstâncias pessoais e da gravidade do dano”.

Eu perdi meu amado pai, Emilio Paolino, no naufrágio do Bateau Mouche e posso afirmar que não existe preço que pague a imensa dor, as saudades e o trauma causado em uma família inteira. Assim sendo, não vou me ater aqui a valores de indenizações, mas sim manifestar minha perplexidade face à incrível demora com que a Justiça brasileira trata esse caso e o imenso desrespeito que isso representa para os sobreviventes, para as famílias das vítimas e para a sociedade brasileira. Passados quase 22 anos do dia do acidente, o Bateau Mouche se transformou no maior símbolo da falta de eficiência e da morosidade do Poder Judiciário no Brasil.

Até hoje, pouquíssimas famílias receberam indenização. Ainda mais grave é o fato de que os três sócios da Bateau Mouche Rio Turismo - Faustino Puertas Vidal, Álvaro Pereira da Costa e Avelino Fernandez Rivera - fugiram do Brasil em 1994 e gozam na Europa da vida que o muito dinheiro que possuem lhes permite gozar. Talvez nem se lembrem mais da embarcação que, por mera ganância, lotaram muito acima de sua capacidade numa noite de reveillon. O Bateau Mouche adernou na orla de Copacabana, enquanto os fogos de artifício pipocavam nos céus do Rio.

Além da responsabilidade pelo naufrágio, Vidal, Costa e Rivera foram acusados de sonegação fiscal, falsificação e formação de quadrilha. A ligação do trio com a máfia espanhola também se tornou evidente com o decorrer das investigações, mas eles permanecem impunes. Aliás, é preciso deixar claro que os empresários fugiram do Brasil por conta do crime de sonegação fiscal. Se dependesse somente do crime do Bateau Mouche, quem sabe talvez estivessem ainda por aqui freqüentando festas e colunas sociais.

Além de símbolo da impunidade, o Bateau Mouche representa também a avidez da busca pelo lucro a todo custo que não se responsabiliza e nem se preocupa com a vida das pessoas. O tempo passou, mas a dor e a ausência ficaram e o clamor por justiça permanece nas vozes embargadas dos parentes das vítimas.

Eu participei de diversas mobilizações que exigiam justiça e punição para os responsáveis. A morosidade da Justiça brasileira e o inexorável passar do tempo, no entanto, acabaram por enfraquecer o poder de articulação e mobilização dos familiares das vítimas. Logo após a tragédia, quando a mídia ainda dava muito destaque ao caso, chegamos a formar uma associação de defesa da cidadania chamada Bateau Mouche Nunca Mais, mas o movimento enfraqueceu e muita gente acabou se desiludindo.

Muitas famílias passaram a investir seus esforços separadamente nas ações por indenizações, como forma de ao menos punir os responsáveis pela tragédia onde, ao que parece, mais lhes dói: no bolso e no patrimônio material. Para muitos, a sensação é de acerto de contas, pois, como já disse, o valor da perda não pode ser calculado em cifras ou números.


Avançar
Quando perdi meu pai no Bateau Mouche eu já era militante do PT e da CUT, onde permaneço até hoje. Sem nunca ter exercido cargo no governo, venho desde 2003 acompanhando de perto e ajudando, com minha militância sindical, essa experiência ímpar que está sendo o governo Lula. Tivemos muitos acertos, alguns erros, mas é certo que há muito espaço para o Brasil avançar. Um desses espaços, sem dúvida, é a modernização e revitalização de nosso Judiciário.

O Brasil mudou, está mudando, e a sociedade precisa exigir uma Justiça mais justa. Podemos continuar avançando no sentido de uma reforma do Judiciário que dê mais agilidade aos processos e acabe com a impunidade em nosso país. Que o emblemático caso do Bateau Mouche sirva como alerta e bandeira para aqueles que anseiam pelo aprofundamento das mudanças!

Como filho, me sinto impotente e frustrado ao ver os responsáveis pela morte do meu pai ainda impunes. Confesso que acreditava que a Justiça iria punir de forma exemplar os responsáveis pelo naufrágio, e o fato de, passadas mais de duas décadas, não termos nenhum deles preso ou punido é desmoralizante para a Justiça brasileira.

Exigimos justiça mesmo que tardia, e uma das formas de reparar parte da tragédia do Bateau Mouche é indenizar os parentes das vítimas, pois a maioria até hoje tem sua vida modificada e desestruturada por uma ferida que permanece aberta e sangra sem cessar. Não vamos sossegar até que a justiça seja feita.

Professor de História e diretor do SEPE (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro)


domingo, 8 de agosto de 2010

Aniversário do Túlio

Aniversário do Túlio

Aniversário do Túlio

Aniversário do Túlio

Aniversário do Túlio

Aniversário do Túlio

Aniversário do Túlio

Comentário do professor Tulio sobre certas alianças

No Rio, candidatos sofrem com o repúdio de 'aliados'
Por: Maurício Thuswohl, especial para a Rede Brasil Atual
Publicado em 06/08/2010, 12:20
PT x PMDB
No outro lado da trincheira eleitoral, na aliança liderada por PMDB e PT, o cenário se repete. O caso mais notório também acontece no Senado, onde petistas repudiam a candidatura do presidente da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani, enquanto peemedebistas, sobretudo os do interior do Estado, fazem de tudo para esconder o ex-prefeito de Nova Iguaçu e candidato do PT ao Senado, Lindberg Farias.
Alguns candidatos petistas, como o deputado estadual Alessandro Molon, que agora tenta vaga na Câmara em Brasília, preferem omitir também o próprio Sérgio Cabral a afrontar sua base eleitoral e sua trajetória política: "Ao longo do mandato, denunciei uma série de irregularidades do governo Cabral, assim como me opus à atuação do presidente da Alerj. Como vou, agora, pedir votos para essas pessoas?", indaga Molon, que em seu material de campanha traz apenas os nomes de Dilma e de Lindberg.
O mesmo acontece com o dirigente sindical Professor Túlio, que é candidato a deputado estadual pelo PT: "Eu não tenho como apoiar, eu não posso apoiar Sérgio Cabral e Picciani, pois a minha categoria, os professores e funcionários de escola, realizou várias manifestações e greves contra esse governo que em nenhum momento se dispôs a valorizar os profissionais da educação e nunca defendeu uma educação de qualidade, como o sindicato defende", afirma.
Para embaralhar ainda mais as cartas eleitorais no Rio de Janeiro, Fernando Gabeira afirmou no fim de julho que conta com o apoio de petistas: "Há pessoas no PT que jamais votariam no Cabral e estão fazendo a minha campanha", garante, dizendo não citar nomes "para evitar retaliações". A afirmação é contestada, ma non troppo, pelo candidato ao Senado Lindberg Farias: "O PT do Rio respeita Gabeira e não vai, nunca, hostilizar o Gabeira. Mas, o partido está fechado com o PMDB em torno das candidaturas de Dilma e Cabral, além da minha própria para o Senado", disse Lindberg, esquecendo de mencionar o "colega" de chapa Jorge Picciani.

Aniversário do Túlio

Aniversário do Túlio

Aniversário do Túlio

Aniversário do Túlio

Aniversário do Túlio

Aniversário do Túlio

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sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Tulio em entrevista sobre baixo índice do Ideb em julho de 2010

Baixa colocação do RJ em ranking do MEC preocupa profissionais da educação
Por: Maurício Thuswohl, Especial para a Rede Brasil Atual
Publicado em 14/07/2010, 17:15
Última atualização às 17:48

Sindicalistas defendem investimento maior nos professores, entre outras medidas, para melhorar cenário (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)
Rio de Janeiro – Os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) divulgados pelo Ministério da Educação no início do mês causaram muita apreensão entre os profissionais do setor no Rio de Janeiro. A educação oferecida pelas redes públicas no estado aparece em penúltimo lugar (ao lado de Alagoas, Amapá e Rio Grande do Norte) no ranking nacional de qualidade estabelecido pelo MEC. Tal performance uniu dirigentes sindicais e autoridades públicas no reconhecimento da necessidade de mudanças imediatas na educação fluminense.
De acordo com o Ideb, existem segmentos particularmente sensíveis. É o caso do ensino médio na rede pública, onde o índice do Rio de Janeiro é de 2,8 e fica ainda abaixo da pontuação média obtida pelo estado (3,3) que leva em conta também a rede particular de ensino. No caso do ensino fundamental, a rede estadual fluminense obteve a décima pior pontuação no ranking nacional (4,0) e nos anos finais (6º ao 9º ano), a sétima pior (3,1). Se levada em conta a rede particular, esse índice sobe nos dois segmentos para 4,7 e 3,8, respectivamente.
“A explicação para o Rio ter ficado na penúltima colocação do Ideb pode ser resumida em três pontos: falta de investimentos na educação básica, falta de um planejamento pedagógico democrático que respeite a autonomia das escolas e a necessidade imediata de ampliação do horário de estudos de crianças e de adolescentes na rede pública”, afirma o professor TULIO PAOLINO, diretor licenciado do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe). Segundo o sindicato, o déficit de profissionais nas escolas públicas do Rio atinge a marca de dez mil pessoas.
Diretor do Sindicato dos Professores do Município do Rio de Janeiro (Sinpro), Afonso Celso Teixeira aponta a prática da aprovação automática, que existe na rede pública do município há 15 anos, como outro fator que “contribuiu muito” para o resultado do Ideb: “Essa prática, imposta pelos sucessivos governos da era Cesar Maia, trouxe para o ensino municipal desmotivação, descompromisso e desânimo. As deficiências dos estudantes não eram encaradas com seriedade e, sim, com técnicas de escamoteamento dos problemas”, diz.
Essa política, segundo Afonso Celso, prejudicou os profissionais da educação. "Os professores, vítimas dessa política, acomodaram-se ou partiram para outras atividades. Os que resistiram foram se tornando um grupo cada vez menor", avalia. No âmbito privado, ele denuncia abusos do patronato, aliado aos baixos salários, afastaram os melhores profissionais das escolas, além de não estimular a contínua capacitação”, diz.
Os prejuízos causados pela aprovação automática também são citados pela secretária estadual de Educação, Tereza Porto. "A aprovação continuada no ensino fundamental é um problema. Os alunos de ensino médio da rede pública já vêm de um passado de má formação educacional”, lamenta.
Tereza acredita que a melhor receita para reverter o panorama revelado pelo Ideb é "investir na capacitação e na valorização do corpo docente" e anuncia para breve a contratação de 30 mil novos professores: "Os bons resultados virão com o tempo. Este ano, nós sabíamos que ficaríamos estacionados no Ideb. Mas, acredito que os resultados serão visíveis já nos próximos anos".
Público x Particular
O estudo divulgado pelo MEC também mostra a diferença de nível entre as redes públicas e a rede particular no Rio de Janeiro. Para TULIO PAOLINO, é preciso investir na qualidade daquilo que é oferecido pelas escolas públicas à sociedade. “Precisamos ampliar o horário de estudo da juventude e tornar mais interessante para o estudante a sua relação com a escola. Precisamos enriquecer a grade de disciplinas e estimular a integração da escola com espaços de arte e cultura”, diz.
Na opinião de Afonso Celso, “ainda falta muito” para que o nível do ensino nas redes públicas e particular se torne equilibrado. “Primeiro, é preciso corrigir a enorme carência de professores na rede pública. Segundo, é fundamental que os investimentos mínimos em educação sejam realmente cumpridos pelos governos cariocas. E, quando falo em investimento, penso que o ponto principal é a questão salarial", pondera.
O sindicalista avalia ainda que professores bem remunerados têm mais tempo e motivação para evoluir em boas práticas pedagógicas. "Além disso, é preciso ampliar a rede pública de qualidade para que a população não fique refém de escolas particulares de qualidade duvidosa”, enumera.
Para se ter uma idéia, enquanto alguns professores de maior sucesso da rede particular de ensino médio conseguem no Rio salários mensais de até R$ 10 mil, a remuneração inicial de um professor na rede estadual, de acordo com a Secretaria de Educação do Rio de Janeiro, é de R$ 754 mensais para uma carga horária de 16 horas semanais. Segundo a secretária Tereza Porto, um problema ainda mais grave que os baixos salários é a falta de profissionais qualificados: “Persistem deficiências em disciplinas como química, física e filosofia, por exemplo”, lamenta.
“A explicação para o Rio ter ficado na penúltima colocação do Ideb pode ser resumida em três pontos: falta de investimentos na educação básica, falta de um planejamento pedagógico democrático que respeite a autonomia das escolas e a necessidade imediata de ampliação do horário de estudos de crianças e de adolescentes na rede pública”, afirma o professor , diretor licenciado do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe). Segundo o sindicato, o déficit de profissionais nas escolas públicas do Rio atinge a marca de dez mil pessoas.
Diretor do Sindicato dos Professores do Município do Rio de Janeiro (Sinpro), Afonso Celso Teixeira aponta a prática da aprovação automática, que existe na rede pública do município há 15 anos, como outro fator que “contribuiu muito” para o resultado do Ideb: “Essa prática, imposta pelos sucessivos governos da era Cesar Maia, trouxe para o ensino municipal desmotivação, descompromisso e desânimo. As deficiências dos estudantes não eram encaradas com seriedade e, sim, com técnicas de escamoteamento dos problemas”, diz.
Essa política, segundo Afonso Celso, prejudicou os profissionais da educação. "Os professores, vítimas dessa política, acomodaram-se ou partiram para outras atividades. Os que resistiram foram se tornando um grupo cada vez menor", avalia. No âmbito privado, ele denuncia abusos do patronato, aliado aos baixos salários, afastaram os melhores profissionais das escolas, além de não estimular a contínua capacitação”, diz.
Os prejuízos causados pela aprovação automática também são citados pela secretária estadual de Educação, Tereza Porto. "A aprovação continuada no ensino fundamental é um problema. Os alunos de ensino médio da rede pública já vêm de um passado de má formação educacional”, lamenta.
Tereza acredita que a melhor receita para reverter o panorama revelado pelo Ideb é "investir na capacitação e na valorização do corpo docente" e anuncia para breve a contratação de 30 mil novos professores: "Os bons resultados virão com o tempo. Este ano, nós sabíamos que ficaríamos estacionados no Ideb. Mas, acredito que os resultados serão visíveis já nos próximos anos".
Público x Particular
O estudo divulgado pelo MEC também mostra a diferença de nível entre as redes públicas e a rede particular no Rio de Janeiro. Para Túlio Paolino, é preciso investir na qualidade daquilo que é oferecido pelas escolas públicas à sociedade. “Precisamos ampliar o horário de estudo da juventude e tornar mais interessante para o estudante a sua relação com a escola. Precisamos enriquecer a grade de disciplinas e estimular a integração da escola com espaços de arte e cultura”, diz.
Na opinião de Afonso Celso, “ainda falta muito” para que o nível do ensino nas redes públicas e particular se torne equilibrado. “Primeiro, é preciso corrigir a enorme carência de professores na rede pública. Segundo, é fundamental que os investimentos mínimos em educação sejam realmente cumpridos pelos governos cariocas. E, quando falo em investimento, penso que o ponto principal é a questão salarial", pondera.
O sindicalista avalia ainda que professores bem remunerados têm mais tempo e motivação para evoluir em boas práticas pedagógicas. "Além disso, é preciso ampliar a rede pública de qualidade para que a população não fique refém de escolas particulares de qualidade duvidosa”, enumera.
Para se ter uma idéia, enquanto alguns professores de maior sucesso da rede particular de ensino médio conseguem no Rio salários mensais de até R$ 10 mil, a remuneração inicial de um professor na rede estadual, de acordo com a Secretaria de Educação do Rio de Janeiro, é de R$ 754 mensais para uma carga horária de 16 horas semanais. Segundo a secretária Tereza Porto, um problema ainda mais grave que os baixos salários é a falta de profissionais qualificados: “Persistem deficiências em disciplinas como química, física e filosofia, por exemplo”, lamenta.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Professor Tulio 13713 em entrevista a Folha Dirigida em 2003 quando era coordenador geral do Sepe


Alessandra Moura Bizoni
Com o espírito de luta que define o perfil de seus companheiros desde a fundação do sindicato, há 26 anos, o professor de História Marco Túlio Paolino, coordenador-geral do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), vislumbra um embate tenso entre professores e funcionários e o governo estadual nos próximos anos.

Ao analisar os primeiros meses de seu mandato, que será de três anos, Marco Túlio aponta uma série de obstáculos para a categoria, como a falta de professores e funcionários nas escolas estaduais e a retomada do programa Nova Escola. “Fora o aspecto salarial, não existe nenhuma alteração no trabalho realizado pelos profissionais nas escolas da rede com a retomada do programa Nova Escola”, dispara o sindicalista.

Em entrevista ao Suplemento do Professor, Marco Túlio não descarta a possibilidade de falência nos serviços das escolas estaduais, a exemplo do que aconteceu no Iaserj. Ainda em sua análise, o sindicalista questiona as primeiras políticas do Ministério da Educação (MEC) e conclama seus colegas a ampliarem a mobilização contra a Reforma da Previdência. Eis a entrevista:
FOLHA DIRIGIDA - Quais são os principais desafios da nova diretoria do Sepe com relação à rede estadual? Quais são os principais problemas?
Marco Túlio - Esta é a primeira gestão de três anos depois do X Congresso do Sepe, no qual o mandato foi aumentado. Nosso principal desafio vai ser conseguir derrotar a lógica neoliberal do governo Rosinha, com o projeto Nova Escola que, na prática, tem dividido a categoria com gratificações diferenciadas, que excluem aposentados e quebram a paridade. Nesse final de ano, estamos enfrentando a falta de professores e funcionários em escolas da rede estadual. A carência é de 26 mil professores e 11 mil funcionários. Pela primeira vez, estamos conseguindo mobilizar outros setores da sociedade e colocar em evidência a importância da educação pública para todos. Já mobilizamos o Conselho Tutelar, o Ministério Público, a Vara da Infância e da Juventude, os meios de comunicação, as associações de pais das escolas públicas e o movimento estudantil.

FOLHA DIRIGIDA - Como o sr. analisa a retomada do Nova Escola e qual impacto desse programa sobre o dia-a-dia dos profissionais de ensino?
Marco Túlio - Na avaliação do Sepe, a retomada do Nova Escola já se inicia de uma forma problemática e imoral. O governo contratou sem uma seleção prévia a Fundação Cesgranrio, vinculada aos interesses das escolas particulares e sem o menor compromisso com a qualidade de ensino e a defesa da escola pública. O governo Rosinha cortou a gratificação durante o ano de 2003 e promete a retomada do pagamento do benefício para o próximo ano. O Sepe não concorda com essa política salarial e não identifica qualquer compromisso pedagógico transformador neste projeto, que não tem um eixo norteador e que se resume apenas a estabelecer uma gratificação diferenciada para os profissionais que atuam nas escolas da rede e enfrentam condições de trabalho adversas, sem o menor apoio desta administração para reveter este quadro caótico. O sindicato tem denunciado a superlotação de turmas, o descaso do governo com a qualidade do ensino, que não contrata professores e funcionários para que as escolas possam cumprir o seu papel de oferecer um ensino público de qualidade aos estudantes. Portanto, fora o aspecto salarial, não existe nenhuma alteração no trabalho realizado pelos profissionais de educação nas escolas da rede com a retomada do programa Nova Escola.

FOLHA DIRIGIDA - Em agosto, os médicos do Iaserj elaboraram um documento afirmando que estavam eticamente impedidos de exercerem suas funções. O sr. acredita que pode acontecer o mesmo nas escolas da rede estadual de ensino? Quando?
Marco Túlio - Eu acredito que exista essa possibilidade porque já temos denúncias de inúmeras escolas que não têm professores de várias disciplinas, principalmente Química, Física, Matemática e Geografia. A carência de funcionários é enorme e as condições de trabalho estão piorando a cada ano. Para os alunos, a situação também é muito difícil. As salas de aula não são adequadas para o bom desempenho escolar e a situação vem se agravando, inclusive, com a falta da merenda escolar em diversas unidades de ensino, devido ao não repasse de verbas por parte do governo estadual. Existe um risco de não conseguirmos concluir esse ano letivo, que se encontra ameaçado pelas atitudes arbitrárias deste governo.

FOLHA DIRIGIDA - No início deste ano, os profissionais fizeram uma greve de três meses que resultou em poucos ganhos efetivos. O sr. acredita que esse movimento desmobilizou a categoria e decepcionou os alunos? 
Marco Túlio - A greve foi uma resposta às medidas arbitrárias tomadas pelo governo Rosinha: diminuição de salários, parcelamento do 13º salário do ano anterior e pagamento atrasado do adicional de um terço de férias. A categoria iniciou o ano letivo indignada e com seus direitos constitucionais desrespeitados. Apesar desse duro golpe nas condições de vida dos profissionais de educação, mantivemos o compromisso com a escola pública e com a qualidade de ensino oferecida aos nossos alunos. Apesar da falta de verba nas escolas e da crise moral que afeta os dirigentes deste governo, não deixamos de cumprir com o nosso papel de educar criticamente os nossos alunos na defesa intransigente dos seus direitos. Por isso, sempre contamos com o apoio e a participação dos nossos alunos em todos os momentos em que somos obrigados a realizar greves ou outras formas de luta para pressionar os governantes no sentido de valorizar a escola pública de qualidade.

FOLHA DIRIGIDA - O sr. acredita que a greve ainda é um instrumento eficaz de luta? 
Marco Túlio - A greve é um instrumento de luta poderoso que a classe trabalhadora possui para fazer valer seus direitos. Neste ano, realizamos mais uma greve que não tinha por objetivo reivindicar reajuste salarial, e sim impedir a diminuição do nosso salário (corte das gratificaçõe do programa Nova Escola) e garantir direitos constitucionais (pagamento do adicional de um terço de férias e do 13º salário do ano passado). A luta pela valorização dos profissionais de educação não será garantida apenas pelas greves que a categoria venha protagonizar, mas através de uma conscientização do conjunto da sociedade de que é necessário e imprescindível valorizar os profissionais de educação. Portanto, novas formas de luta são necessárias para envolver a nossa categoria e o conjunto da sociedade para alcançarmos esse objetivo comum.

FOLHA DIRIGIDA - Quais seriam as outras alternativas para a categoria obter suas reivindicações?
Marco Túlio - Um trabalho constante na conscientização da sociedade, através da utilização dos meios de comunicação de massa, de campanhas que envolvam não só os sindicatos, mas os diversos atores e movimentos interessados na defesa e valorização da escola pública e dos profissionais de educação.

FOLHA DIRIGIDA - Como o Sepe encara a Reforma da Previdência? Quais mudanças a proposta do governo implicaria para os professores? 
Marco Túlio - Essa proposta de Reforma de Previdência não atende aos interesses dos trabalhores do setor público ou privado. Particularmente para os professores, não traz nenhum ganho objetivo, e sim perdas localizadas, principalmente na questão da idade mínima, que passou de 48 para 50 anos (mulheres) e de 53 para 55 (homens). Ou ainda o estabelecimento de um teto salarial desvinculado do salário mínimo, o que levaria a um achatamento das aposentadorias dos professores.

FOLHA DIRIGIDA - Até que ponto a luta sindical, que está sendo organizada em nível nacional, pode ajudar a reverter essa situação?
Marco Túlio - A mobilização nacional dos profissionais de educação manteve o direito à aposentadoria especial no tocante à idade mínima para aposentadoria, já que para o conjunto dos trabalhadores ficou estabelecido 55 anos para as mulheres e 60 para os homens. Para os professores, foi mantido o direito à aposentadoria especial cinco anos antes (50 anos mulheres e 55 homens), desde que estivéssemos em sala de aula por, no mínimo, 25 anos (mulheres) e 30 anos (homens). Porém, não conseguimos, ainda, reverter as perdas para os profissionais que atuam na escola, mas não estão vinculados diretamente à sala de aula, como diretores, coordenadores etc. Apesar desta Reforma da Previdência não servir aos interesses dos trabalhadores, com a nossa mobilização conseguimos manter o direito à aposentadoria especial, mas precisamos de uma mobilização muito maior do que já realizamos para reverter os prejuízos que tivemos e para tentar novas conquistas de direitos para o conjunto dos trabalhadores na educação.

FOLHA DIRIGIDA - Ainda vale a pena lecionar nas escolas estaduais?
Marco Túlio - Com certeza, porque diferentemente da escola particular, possuimos estabilidade no emprego, temos um convívio mais harmônico com os profissionais que atuam nas unidades escolares e, principalmente, pelo compromisso político-pedagógico que assumimos com a sociedade, na formação das novas gerações.

FOLHA DIRIGIDA - O que motiva o trabalho dos professores? 
Marco Túlio - O reconhecimento do nosso trabalho, por parte dos alunos, é um dos grandes motivadores para a persistência de muitos profissionais. Eles mantêem acesa a chama do compromisso ético-profissional com a escola pública de qualidade, na perspectiva da formação de cidadãos críticos e participativos que possam reverter, no futuro, este quadro de desvalorização da educação pública e dos profissionais de educação no nosso país.